Escritores judaicos ea antigüidade cristã atribuíram-no a Josué, o filho de Num, e esta opinião é, também, a de alguns críticos modernos. Foi, sem dúvida, escrito antes do tempo de Davi (cp. 15.63 com 2 Sm 5.6 a 8) - e provavelmente o foi por um contemporâneo (6.25), podendo ter sido também uma testemunha ocular dos acontecimentos descritos. o lugar da narrativa, na história do povo, sugere-nos o fim com que foi escrito. Nos livros precedentes se descrevem as freqüentes rebeliões e provocações dos israelitas, vindos do Egito - e por causa desse seu procedimento foram eles excluídos da boa terra, que eles tinham desdenhado. Este livro trata da história da geração seguinte, isto é, daqueles israelitas que ainda não tinham vinte anos quando sairam do Egito, e dos que nasceram e foram criados no deserto, os quais parece terem sido dotados de melhor alma que seus pais. As provações e a dura disciplina nas longas jornadas dos israelitas, juntamente com as instruções de Moisés, tiveram, pela graça do Espírito Santo, o efeito de um despertamento e humilhação, pondo o povo em condições de serem neles cumpridas as promessas divinas. Foi com esta geração que Deus renovou o Seu pacto, como se acha referido no Cap. 29 do Deuteronômio. E grandes maravilhas foram por Ele operadas em benefício do Seu povo. Eles acreditaram em Deus - e pela sua fé venceram os exércitos dos cananeus, e puderam possuir a terra. Em muitas circunstâncias da vida nacional mostraram grande zelo pela sua religião, como na ocasião do pecado de Acã, e também quando suspeitaram que as duas e meia tribos tinham edificado um altar em oposição ao estabelecido altar dos holocaustos (22) - e a sua piedade é especialmente louvada em 23.8. os diversos assuntos do livro podem formar três seções principais: 1. A conquista de Canaã, incluindo a nomeação de Josué, e as suas determinações na direção do povo (1) - os espias mandados a Jericó (2) - a passagem do Jordão (3,4) - a circuncisão e a celebração da Páscoa em Gilgal (5.1 a 13) - a tomada e destruição de Jericó e de Ai, com a descrição do pecado e castigo de Acã (5.14 a 8.29) - a leitura da Lei nos montes Ebal e Gerizim (8.30 a 35) - o astucioso procedimento dos gibeonitas (9) - as vitórias alcançadas na guerra com os cananeus, primeiramente ao sul e depois ao norte - a subjugação do país (10,11) - e após isto a recapitulação das conquistas (12). 2. A divisão do país, incluindo tanto as partes conquistadas como as que não tinham ainda sido conquistadas - e a descrição das porções que couberam às diversas tribos (13 a 19) - a instituição das cidades de refúgio e das cidades levíticas (20.21) - o estabelecimento das tribos ao oriente do Jordão, e os acontecimentos que se deram após esse fato (22). 3. os conselhos na despedida, e a morte de Josué (23,24). As alusões aos acontecimentos descritos no livro acham-se no A.T. em 1 Cr 2.7 a 12.15 - Sl 44.2,3 e 68.12 a 14, e 78.54,55 - is 28.21 - Hc 3.11 a 13 - e no N.T. em At 7.45 - Hb 4.8 e 11.30,31 - Tg 2.25.

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