Advérbio hebraico, formado de umaraiz, que significa ‘assegurar, firmar’, e por isso é empregado no sentido de confirmar o que outrem disse. Amém - assim seja. 1. No Antigo Testamento aceita e ratifica uma maldição (Nm 5.22 - Dt 27.15 a 26 - Ne 6.13), e uma ordem real (1 Rs 1.36) - e uma profecia (Jr 28.6) - e qualquer oração, especialmente no fim de uma doxologia (Ne 8.6) - e constitui resposta do povo às doxologias, que se acham depois dos primeiros quatro livros de salmos (41.13, 72.19, 89.62, 106.48 - *veja 1 Cr 16.36). Este costume passou dos serviços religiosos da sinagoga para o culto cristão. 2. No Novo Testamento: (a) Emprega-se no culto público (1 Co 14.16). A doxologia e o Amém que fecham a oração dominical em Mt 6.13 são, sem dúvida, devidos ao uso litúrgico da oração. (b) Este modo de responder com Amém generalizou-se, para confirmar orações individuais e de ação de graças (Rm 1.25, 9.6, 11.36 - Gl 6.18 - Ap 1.6,7, etc.) (c) Jesus costumava, de um modo particular, empregar o mesmo termo, quando se tratava de chamar a atenção para assunto de especial solenidade: ‘em verdade vos digo’ (Jo 1.61) ou ‘em verdade, te digo’ (literalmente é Amém), o que ocorre umas trinta vezes em Mateus, treze vezes em Marcos, seis vezes em Lucas, e vinte e cinco vezes no quarto Evangelho. (d) Em 2 Co 1.20 diz-se que se encontram em Cristo as promessas de Deus (Nele está o ‘sim’), e por meio Dele acham a sua confirmação e cumprimento (‘também por Ele é o amém’). No Ap 3.14 o próprio Salvador se chama ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ (*veja is 65.16, liter. ‘Deus de Amém’). o uso da palavra nos serviços da sinagoga cedo foi transportado para os cultos da igreja cristã (1 Co 14.16), e disso fazem menção os Pais, como Justino Mártir, Dionísio de Alexandria, Jerônimo e outros.

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